A dança folclórica do bumba meu boi é um dos
traços culturais marcantes na cultura brasileira, principalmente na região
Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como uma forma de crítica à situação
social dos negros e índios. O bumba meu boi combina elementos de comédia,
drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força
bruta de um boi.
O bumba meu boi é resultado da união de
elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor
influência de cada uma dessas culturas. A dança misturada com teatro incorpora
elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com encenações de peças
religiosas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo.
O costume da dança do bumba meu boi foi intensificado pelos jesuítas, que
através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros,
indígenas e os próprios aventureiros portugueses.A história que envolve a dança
é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe
dançar.
Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o
boi para satisfazer sua mulher Catarina, que está grávida e sente uma forte
vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem
o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e
descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde
do boi com uma grande festividade.
O bumba meu boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No Maranhão, Rio
Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba meu boi, no Pará e
Amazonas, boi-bumbá, em Pernambuco, boi-calemba, na Bahia, boi-janeiro, etc.
Fontes: EM BREVE!
Cultura alagoana
Escola Laura Chagas - 3º "C"
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
Reisado
v Luís
da Câmara Cascudo, no seu Dicionário do folclore brasileiro,
diz que Reisado é a denominação erudita para os grupos que cantam e
dançam na véspera e Dia de Reis.
v O
Reisado chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses, que ainda
conservam a tradição em suas pequenas aldeias, celebrando o nascimento do
Menino Jesus. Em Portugal é conhecido como Reisada ou Reseiro.
v No
Brasil é uma espécie de revista popular, recheada de histórias folclóricas, mas
sua essência continua a mesma, com uma mistura de temas sacros e profanos.
v O
Reisado é formado por um grupo de músicos, cantores e dançarinos que percorrem
as ruas das cidades e até propriedades rurais, de porta em porta, anunciando a
chegada do Messias, pedindo prendas e fazendo louvações aos donos das casas por
onde passam.
v A
denominação de Reisado persiste ainda em Alagoas, Sergipe e Bahia. Em diversas
outras regiões o folguedo é chamado de Bumba-meu-boi, Boi de Reis, Boi-Bumbá ou
simplesmente, Boi. Em São Paulo é conhecido como Folia
de Reis, onde a festa é composta de apresentações de grupos de
músicos e cantores, todos com roupas coloridas, entoando versos sobre o
nascimento de Jesus Cristo,
liderados por um mestre.
liderados por um mestre.
v Fazem
parte do espetáculo os “entremeios” (corruptela de entremezes), pequenas
encenações dramáticas que são intercaladas com a execução de peças, embaixadas
e batalhas. Os personagens são tipos humanos ou animais e seres fantásticos
humanizados, cheios de energia e determinação.
v O
folguedo do ciclo natalino é comemorado em várias regiões brasileiras,
principalmente no Norte e Nordeste, onde
ganhou cores, formas e sons regionais. Em Alagoas, constitui-se numa
representação dramática, normalmente curta e pobre de enredo, acompanhada e
precedida de canto.
v Tem
como personagens principais o Mestre, o Rei e a Rainha, oContramestre, os Mateus,
a Catirina, figuras e moleques.
v O Mestre é
o regente do espetáculo. Utilizando apitos, gestos e ordens, comanda a entrada
e saída de peças e o andamento das execuções musicais. Usa um chapéu forrado de
cetim, de aba dobrada na testa (como o dos cangaceiros), adornado com muitos
espelhinhos, bordados dourados e flores artificiais, de onde pendem fitas
compridas de várias cores; saiote de cetim ou cetineta de cores vivas, até a
altura dos joelhos, enfeitado com gregas e galões, tendo por baixo saia branca,
com babados; blusa, peitoral e capa.
v O
traje do Rei deve ser mais bonito e enfeitado. Veste saiote ou
calção e blusa de mangas compridas de cores iguais, peitoral, manto de cores
diferentes em tecido brilhante (cetim ou laquê);calça sapato tênis (tipo
conga), meiões coloridos e na cabeça uma coroa feita nos moldes das dos reis
ocidentais, semelhante a das outras figuras, porém encimada por uma cruz; levam
nas mãos uma espada e, às vezes, também um cetro. Durante o cortejo
os Reis vêm na frente, logo atrás do Mestre e
do Contramestre. A Rainha é representada por
uma menina, com vestido “de festa”, branco ou rosa, uma coroa na cabeça e um
ramalhete de flores nas mãos.
v O Contramestre é
o responsável pelo Reisado na ausência do Mestre. Seu traje é
semelhante ao daquele, só que menos pomposo.
v Os Mateus,
que sempre aparecem em dupla, usam trajes diferentes dos outros figurantes:
vestem paletós e calças de tecido xadrez, usam um grande chapéu afunilado que
chamam de cafuringa, com espelhos e fitas coloridas, óculos
escuros, rosto pintado de preto, geralmente com tisna de panela ou vaselina e
levam nas mãos os pandeiros. São os personagens cômicos do Reisado, junto com
a Catirina.
v Conhecida
antigamente como Lica, a Catirina é a noiva do
Mateus. Veste-se de preto, traz um pano amarrado na cabeça, o rosto pintado de
preto e um chicote nas mãos, com o qual corre atrás das moças e crianças.
Recife, 28 de novembro de 2005.
(Atualizado em 16 de setembro de 2009).
FONTES:
BARROSO, Oswald. Reis de Congo. Fortaleza:
Museu da Imagem e do Som, 1996.
RIBEIRO, José. Brasil no folclore. Rio de
Janeiro: Gráfica Editora Aurora, 1970.
Coco alagoano
O Coco alagoano é uma dança cantada, sendo acompanhada pela batida dos pés ou tropel. Também é denominada de PAGODE ou SAMBA. Surge na época junina ou em outras ocasiões que se quer festejar acontecimentos importantes nas comunidades rurais. Por ocasião da tapagem de casa, o coco aparece em todo o seu esplendor. Tem origem africana, filiada ao batuque angola-conguense. Talvez tenha surgido na zona fronteiriça de Alagoas e Pernambuco, no cordão de serras ocupadas no século XVIII pelo célebre Quilombo dos Palmares. Dessa região espalhou-se por todo o Nordeste, onde recebeu nomes e formas coreográficas diferentes, como: Coco Praieiro, na Paraíba; Bambelô ou Coco de Zambê, no Rio Grande do Norte; Tará ou Coco de Roda, em Pernambuco; Samba de Aboio e Samba de Coco, em Sergipe; entre outros.
O Coco de Roda é a mais primitiva
manifestação do Coco, e a de coreografia mais simples. Formada a roda de
dançadores, na cadência das palmas e dos cantos entoados, uma ou duas parelhas
fazem o sapateado no centro, enquanto os demais permanecem em seus lugares. A
seguir, dirigem-se até outra parelha, em qualquer parte da roda, e através da
umbigada, escolhem-na para substituí-los no centro da roda, tomando o seu
lugar.
Com o tema "Mulher Alagoana
Pisa Bonito", o grupo Xique-Xique se sagrou campeão da primeira edição do
Festival do Coco de Roda de Alagoas, promovido pelo Governo de Alagoas dentro
da celebração dos 200 anos do Estado, por meio da Secretaria de Estado da
Cultura (Secult).
‘’O coco de roda mostra a força e as raízes de Alagoas. ’’
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
PEGA DE BOI NO MATO – TRADIÇÃO E CULTURA DO NORDESTE
Com o objetivo de preservar a memória do sertanejo, reconhecendo a valentia e a importância do vaqueiro nordestino e para manter viva uma tradição, cresce cada vez mais o esporte da Pega de boi no mato por todo o Nordeste brasileiro.

Diferente da famosa vaquejada, onde o boi corre numa arena demarcada, perseguido por uma dupla de cavaleiros, a Pega de boi no mato acontece no meio da vegetação catingueira, com os vaqueiros encourados se embrenhando no mato em cima dos seus cavalos ligeiros para pegar o boi.

As roupas de couro são essenciais, usadas pelos vaqueiros para se proteger de acidentes na busca pelo boi no meio do mato. A principal peça é o gibão, que cobre os homens do pescoço à cintura, como se fosse um paletó de couro. Tem o guarda-peito, que é um pedaço de couro curtido com que os vaqueiros resguardam o peito, preso por meio de correias ao pescoço e à cintura. Depois vem a perneira, que é a calça de couro ajustada ao corpo, vai do pé à virilha, mas deixa o corpo livre para cavalgar. Não pode faltar o tradicionalíssimo chapéu do vaqueiro nordestino, que além de lhe proteger do sol, serve como escudo contra eventuais golpes na cabeça. E nos pés vem as esporas, um instrumento de metal que se põe no salto do calçado para incitar o animal que se monta.

A Pega de boi no mato é uma tradição que remonta os primeiros tempos da ocupação do sertão nordestino pelos brancos europeus. Antigamente, numa época onde não existia o arame farpado, os animais eram criados soltos pelas propriedades rurais.
A Pega de boi no mato é uma forma de resgatar a cultura do vaqueiro, é uma homenagem a todos os vaqueiros do nosso Nordeste, que amam lidar com o gado, viver livre, sendo único dono do seu destino, mostrando agilidade e valentia.
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Bumba meu boi
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